Bem Vindo a selva de pedras....

Vem, vamos embora. Que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora. Não espera acontecer...

sábado, 27 de novembro de 2010

Uma proposta modesta para acabar com a violência no Rio

Rio em chamas. Faço minhas as palavras do Coronel Nascimento em Tropa de Elite 2: pra começar, vamos fechar a PM e o Bope. Política de enfrentamento nunca deu certo com tráfico em lugar nenhum do mundo.



O que funciona é contenção, educação, investimento. Já viu branquinho de escola particular com metranca na mão? Tráfico, como prostituição, é 99% miséria. O Brasil já é a 10ª economia do mundo, mas em investimento público em educação, somos o 114º. Você quer o quê?



Educação ruim, eleitor ignorante, políticos porcaria, leis ruins. A violência no Brasil é o preço de leis burras. Todos pagamos. Uns mais.



Enquanto droga for ilegal, vai render muito, e vai existir traficante.



Se matarem todos os traficantes do Rio hoje, amanhã têm outros no lugar.



As UPPs são tão inúteis quanto o Bope, PM etc.



Descriminalização das drogas é o mínimo. Se não estiver na pauta de combate ao crime, não tem pauta. O dinheiro aplicado hoje para combate ao crime vai para o ralo. É nosso dinheiro. Enxuga gelo.



Bope e Marinha sobem o morro com tanques. Ocupação militar de espaço civil é coisa de ditadura. Melhor apanhar de PM do que de traficante?







Pior, porque “legal”. Vai lá na Faixa de Gaza para ver se esse negócio de ocupação militar funciona.



Os cariocas reelegeram seu governador, deviam estar felizes com ele. Os paulistas idem com Alckmin, os brasileiros com Dilma... Se virem com seus eleitos, eleitores. Como não sou político nem ONG, não tenho nenhuma obrigação de ser construtivo.



Mas como a situação é periclitante, dou minha cara à tapa e faço uma proposta modesta: vamos cancelar a Copa do Mundo de 2014. A Olimpíada do Rio de 2016 também. A gente explica pra FIFA e Comitê Olímpico: desculpaí, temos coisas mais importantes pra investir. Tipo, nossos filhos. Inclusive me disponho a ir para Genebra e onde mais for necessário pessoalmente para dar as explicações. Primeira classe com acompanhante, naturalmente.



Ainda dá tempo de não fazer Copa nem Olimpíada e aplicar a grana em educação, saúde, segurança. Vamos?



sábado, 21 de agosto de 2010

O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL




Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.
Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura.. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.
Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.

Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.


Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO- 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México , são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!

 Com essa atitude, talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se orgulhar de ser BRASILEIRO!!

Carta aberta, de Eliane Sinhasique, para Renato Aragão, o Didi.






Quinta, 23 de maio de 2010.

 
Querido Didi,

 
Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu Nome para colar nas correspondências)...
Achei que as cartas não deveriam ser endereçadas a mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.
Não foi por "algum" motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos).
Você diz, em sua última Carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.
Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula.
A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da minha família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não mata ninguém. Muito pelo contrário, faz bem! Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária.
Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento, em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família.
Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem.
Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais.
O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não têm a educação como prioridade. Pois a educação tira a subserviência e esse fato, por si só não interessa aos políticos no poder. Por isso, o dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal.
Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda? Você pode ajudar a mudar isso! Não acha?
Você diz em sua Carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua Carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada ao Presidente da República. Ele é 'o cara'. Ele tem a chave do Cofre e a vontade política para aplicar os recursos.
Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. Mas, infelizmente, não é o que acontece...
No último parágrafo da sua Carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da "minha" doação, que a "minha" doação faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho.
Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família.
Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não.
Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, mande uma Carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os ministros e professores das escolas públicas. Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas possa desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.

Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari.
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.
 
PS2* Aos otários que doaram para o criança esperança. Fiquem sabendo, as organizações Globo entregam todo o dinheiro arrecadado à UNICEF e recebem um recibo do valor para dedução do seu imposto de renda. Para vocês a Rede Globo anuncia: essa doação não poderá ser deduzida do seu imposto de renda, porque é ela quem o faz.
PS3* E O DINHEIRO DA CPMF QUE PAGAMOS DURANTE  11(ONZE) ANOS? MELHOROU ALGUMA COISA NA EDUCAÇÃO E NA SAÚDE DURANTE ESSES ANOS?
 

BRASILEIROS  PATRIOTAS  (e feitos de idiotas) DIVULGUEM ESSA REVOLTA....isto deveria chegar em Brasilia.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Até outra tragédia em que a culpa é dos mortos.

No Rio de Janeiro há duas enchentes, duas. Uma delas é drama. Atingiu a mim, por exemplo, que moro na Lagoa e fiquei ilhado. Chato, muitos outros perderam a hora, tiveram de andar de barquinho, carros boiando. Super chato.
A outra enchente é a tragédia. Barracos deslizando, famílias morrendo na lama. A catástrofe natural ilumina a catástrofe social. As pessoas não estão lá por imprudência, como dizem as autoridades, “ah, não medem o perigo”.
Não são imprudentes, são POBRES, não tem onde morar com segurança. A diferença entre drama e tragédia é que tragédia se encerra com a morte inevitável. No Rio há um tipo de tragédia que se repete como um drama sem fim.
O Rio fica mais visível não a luz do sol, com barquinhos na baia a deslizar. O Rio fica mais claro na chuva. Vemos a verdade que se esconde na paisagem. Uma cidade com a grande maioria de pobres e desamparados, a mercê de décadas de governantes irresponsáveis e corruptos.
Mas eles estão tranquilos, suas fichas sujas jamais serão exibidas, como vimos hoje (quarta) na Câmara Federal, que adiou o desejo de um milhão e meio de brasileiros.
Os irresponsáveis são até abraçados por político em campanha. Eles só esperam as águas baixarem e as notícias sumirem. Até outra tragédia em que a culpa é dos mortos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Novos Tempos

 Em meio ao barulho de carros, motores e celulares em todos os lugares na grande selva de edificios
é quase impossivel ouvir o pulsar do coração do ser humano que hoje vive sem caminho nem direção, escravo do seu ego e da sua própria vaidade que confunde necessidade com ostentação
Pois o que ontem era suficiente hoje é pouco demais mesmo que tenha o que sonhou isso não mais te
satisfaiz amar é tolice e bom sinônimo de burrice quem foi que disse que o amor existe hoje em dia?
Pois a minha poesia se perdeu entre as linhas do caderno onde escrevo os desamores desse mundo moderno onde não vivo e apenas sobrevivo, em meio ao barulho de carros e construções de prédios velhos concretos, sem por nem brilho e sentimento onde pássaros não pousam mais em árvores, sim, sacadas de mármores
fazem seus ninhos em monumentos de concreto, ferro e cimento, novos tempos. Novos tempos,novos tempos pessoas sem tempo pra amar Selva de concreto, rua e cimento onde tento viver e sonhar
Viadutos viram casas, papelões viram colchões, latas viram panelas, lixo se torna refeições, jornais cobertores, pessoas animais, tratados como pragas do tempo moderno nas grandes capitais
Na terra do consumismo onde o cunsomo te consome onde compro o que não preciso para saciar minha fome, de poder, de querer, de ter, e mostrar, a vida é um grande carnaval se tem que se fantasiar pra ser alguém pelo que tem, nunca pelo que é buscando brilho do ouro ou no estrondo numa balada qualquer ou pela mulher do seu lado  relógio no pulso carro na garagem ou pela marca de roupa que uso, e assim transito
sem um brilho na retina, procurando amores, felicidades nos bares de esquina  Pois a rotina tiro a inspiração da poesia, tiro as cores do pincel do quadro  que o pintor coloria, tiro a emoção da canção e de
quem a fazia, tiro a felicidade  do palhaço e o sorriso da alegria, tiro as cores do arco-íris e o canto dos pássaros Tiro a força da luta e pos o medo so fracasso, tiro o brilho do olhar e te deu óculos escuros, tiro o prazer de caminhar e te deu transporte rápido e seguro  me deu a paz atravéz de armas e grades
O amor própio atravez de fama status kilates, me deu a liberdade pos isso devo agradecer por aumentar a
corrente da bola de ferro presa no meu tornozelo Novos tempos,novos tempos, pessoas sem tempo pra amar Selva de concreto, rua e cimento onde tento viver e sonhar

O que mais a Globo esconde?


Inúmeros colegas da imprensa já deram o recado: a audiência dos Jogos Olímpicos de Inverno foi surpreendente. Quem achava que a Record ia entrar numa fria se deu mal.
O povo não é bobo. É capaz de ligar seu televisor para conhecer e se encantar com novidades. O brasileiro é curioso e tem bom gosto. Não é o estúpido que alguns barões da mídia acham.
O que me interessa discutir aqui não são as estranhas regras do curling ou do skeleton, mas as entranhas de outro jogo. O de esconde-esconde. Não aquele da infância de todos nós. Mas a brincadeira que a Globo faz com seus telespectadores.
A Velha Senhora detinha os direitos de transmissão dos Jogos de Inverno há anos. Mas o escondeu de todos nós. Pagou para não exibir. Nem deixar que outros exibissem. Encastelada no Jardim Botânico, decidiu o que uma nação gostaria ou não de acompanhar. Talvez porque nos julgue estúpidos demais.
Mas tão estúpidos que a Globo resolveu simplesmente ignorar os Jogos de Vancouver. Não deram um segundo sequer sobre esse fenômeno que tomou conta das nossas telinhas. Esconderam de novo! Em resposta ao Estadão, que no último dia 19 publicou a pergunta óbvia (por que vocês não falaram dos Jogos de Inverno?), veio a arrogância.
Descreve o jornal: “a emissora alega que não falou sobre o evento porque não viu fato ‘relevante’ (um competidor morreu em uma prova), não possui os direitos de transmissão – que foram da Globo até 2006 e agora são da Record – e porque não possui ninguém de sua equipe lá cobrindo. Opa: e a turma do Sportv?”, conclui a colunista Keila Gimenez.
Traduzindo: em 2006 foram realizados os Jogos de Inverno de Turim, na Itália. Lembra? Não, ninguém pode lembrar, só os executivos mestres globais.
A morte do atleta georgiano, no luge, foi tão irrelevante que a imprensa mundial noticiou. Sobre a turma do Sportv, eles são da Globo, estão lá, dividem a cobertura de inúmeros outros eventos, vivem usando microfone com o logotipo das duas emissoras, mas neste caso… e agências de notícias? Coitada, a Globo não deve assinar nenhuma delas.
Esse esconderijo platinado é bem amplo, nele cabe um montão de coisas. Nesse esconde-esconde, ficamos sem ver as Diretas Já. Esconderam mais de um milhão de pessoas no comício do Anhangabaú. O Lula só apareceu quando virou presidente da República. Aí não dava mais pra esconder.
Leonel Brizola e Luís Carlos Prestes não tiveram a mesma sorte. Sumiram.
Precisaram morrer para aparecer. Aí já era tarde. Só de uma coisa eu não reclamo. A Glória Maria pode continuar escondida.
A Globo, pensando bem, escondeu o quanto pode a história do Brasil. Quem estudar nosso país pelos arquivos do Jornal Nacional nem vai saber que houve uma ditadura militar.
Por isso, temos que torcer para que a concorrência aumente. Para que não haja líder absoluto, concentração de poder, esconderijos.
Aí, sim, a Velha Senhora vai ter que se esconder. De vergonha.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Haiti é aqui....


Eu queria tecer alguns comentários sobre a mega tragédia haitiana; não me contive e tive que escrever algo, mas eu não queria falar sobre o país em si e suas limitações, muito menos queria falar de dinheiro e das ajudas que estão sendo dadas de diversas partes do mundo e coisa e tal, eu queria levar essa crônica mais para o lado da antropologia e suas vertentes, num geral, eu posso dizer que o que eu mais gostaria de comentar (e por isso estou escrevendo) é o comportamento humano em grandes catástrofes, principalmente nessas proporções. Mas antes é inevitável e é preciso sim falar das limitações do país e das ajudas que estão sendo dadas ao Haiti, entre outras coisas, depois disso chegarei ao ponto que realmente me estimulou a escrever esse texto: o comportamento humano! Primeiro é importante lembrar que o Haiti sempre foi um país extremamente pobre e que sua população é formada etnicamente por 95% de negros, ou seja, o mundo hoje tem menos negros do que tinha a um mês atrás devido essa grande tragédia (infelizmente); mas há os que comemoram, os ditos de raça pura, alguns outros ousaram até dizer que tal tragédia era fruto do demônio, pois os haitianos possuíam pacto com o capeta (coisa de fanático religioso), e que toda essa catástrofe seria apenas uma resposta as mandingas dos pretinhos da América Central. Nessas horas a gente vê como alguns seres – humanos são ignorantes e preconceituosos em seus comentários, mas eu já falo mais desses tais humanos. O fato é que o Haiti foi colônia da França por anos e mais anos, e como toda colônia de exploração tende a padecer nas agruras do mundo CAPETAlista, com o Haiti não é diferente, o Brasil também foi colônia de exploração de Portugal e só não está num estado de penúria total devido ao seu tamanho, suas riquezas naturais e algumas outras coisas mais que infelizmente o pobre Haiti não teve e não tem; é válido ressaltar que os dois países que mais estão ajudando o Haiti são justamente duas ex colônias, um é o Brasil, como já citei, e o outro é o EUA, ex colônia inglesa, e aí você pode se questionar: mas como pode os EUA ter sido colônia como o Brasil e um ser o mais rico e desenvolvido do mundo enquanto o outro ainda galga um lugar ao sol? A resposta é bem simples, a diferença é que o Brasil, assim como o Haiti foi colônia de exploração, enquanto os EUA foi colônia de povoação e isso muda todo o enredo de um samba, morô? Aqui os portugueses vieram para roubar e se apropriar das riquezas do Brasil, nada mais do que isso, a mineração brasileira foi toda levada para a Europa, o Brasil hoje seria facilmente a primeira potência mundial se ainda tivesse a riqueza de seus minérios que foram usurpados daqui pelos larápios lusitanos, ó pá! Sem falar de outras riquezas, mas a parte da mineração foi a que mais defasou a terra do pau Brasil.
Você tem noção do que é um país ser rico em ouro, em prata, em bronze e mais outros tipos de metais preciosismos e perder toda sua riqueza para um colonizador explorador? Pois é, esse era o Brasil de antigamente, que ainda continua rico, com seus petróleos (que um dia irão acabar), com suas iguarias e tudo mais; mas imagine esse gigante já rico hoje com todas as riquezas passadas que foram roubadas e hoje estão vagando ainda pela Europa e pelo mundo. O mesmo acontece na África com sua exploração em cima do diamante, rubis e outras jóias, mas isso é outro caso, mas é sempre válido lembrar pra mostrar como o ser – humano foi sempre ganancioso em busca de riquezas desde que o mundo é mundo. Danem-se as consequências, danem-se as mortes, o que importa é dinheiro e poder – esse tipo de pensamento sempre imperou nas mentes diabólicas dos seres que dominaram a Terra, e infelizmente sempre irá imperar.
Em contrapartida os EUA foi colônia de povoação, e com colônia de povoação é tudo totalmente diferente, o pensamento dos ingleses era de ir para os EUA para fazer morada, se estabelecer, repassar sua cultura e fazer da terra do Tio Sam um lugar rico, e foi o que eles conseguiram com grande êxito, mas chega desse papo de colonizado e colonizador, só entrei nesse mérito pra que vocês possam entender a fundo e em miúdos o porquê do Haiti ser tão pobre e fraco como país, a culpa não é dos pretinhos, como muitos pensam. O Chefe de Estado da França disse que vai ajudar e coisa e tal, mas no fundo ele sabe que o país dele tem muita culpa do Haiti estar na situação que está, portanto ele não faz mais do que a obrigação, até porque a França é bem rica, tão rica quanto outros países que deram merrecas até agora, enquanto isso o famigerado Brasil é dos que mais doaram e que mais envia ajuda junto com os EUA, mas já se perguntaram por que raios o Brasil está tão bondoso com os haitianos? (E isso não é de hoje).
Não se enganem meus irmãos e irmãs, esse mundo é fundado na base do interesse, ainda mais quando existe política no meio (maldita política!), não fiquem na frente dos seus televisores assistindo os noticiários achando que o Governo brasileiro é bonzinho, não existe essa de bonzinho, ninguém faz nada pra perder nessa terra, tudo é na base do interesse, até porque estamos falando de política (maldita política! [2]), e não de ajuda humanitária, ou social, como alguns seres da mídia insistem em dizer, isso não tem nada haver com bondade, há sim os que morreram por causa nobre como a grande Zilda Arns e mais um monte de gente, brasileira ou não, que morreu em prol de uma causa, morreu com o único intuito que era o de ajudar o próximo, assim como ainda existem pessoas que largaram tudo aqui no Brasil para ajudar no Haiti, como os médios sem fronteiras, por exemplo, que fazem um trabalho belíssimo, os próprios militares brasileiros, pois muitos já foram dispensados de suas funções, mas continuam lá como voluntários, isso sim é honroso e louvável, mas é importante que saibamos que toda essa benevolência do Governo brasileiro tem um único objetivo: uma cadeira como membro da ONU. Cadeira essa que acredito eu até esteja perto de vir, e que de fato será muito importante para o Brasil, pois trará visibilidade mundial, confiabilidade de investidores entre muitos outros benefícios, e com isso o país cresce, e é sempre bom ver o país crescer, além de que a partir do momento que o Brasil tiver uma cadeira na ONU o mesmo já passará a ser visto como potência mundial e não mais como futura potência, pois só tem cadeira na ONU quem tem condições de ajudar e consequentemente é rico, portanto o Brasil deixaria de ser um trombadinha que pede esmola no sinal para ser o grã fino que anda de carro importado fingindo que o mundo não está em crise, pois é assim que agem os países da ONU em sua maioria, mas isso também é outro assunto. Agora eu quero falar do que realmente me impressionou e ainda me impressiona nessa tragédia toda.Seria importante que pessoas ricas e não ricas que acham que possuem o rei na barriga só porque possuem algum tipo de bem material prestassem mais atenção nessa tragédia do Haiti; eu gostaria que essas pessoas observassem como nós humanos viramos animais irracionais quando a fome aperta, quando a sede bate e quando a luta é unicamente pela sobrevivência. Se um dia acontecer uma mega catástrofe mundial, há os que digam que será em 2012, tanto ricos e pobres padecerão nas mesmas carências, malas de dinheiro não comprarão água quando a mesma não mais existir, potes de ouro não comprarão alimentos quando o mesmo estiver escasso, o dinheiro nessas horas não passará de algo superficial. Quando olhamos para uma tragédia como essa vemos o quanto somos vulneráveis e fracos, vemos o quanto somos podres por dentro igual a todo animal que também apodrece como carniça quando morre em qualquer canto fétido e imundo desse mundo, porque por incrível que pareça existem pessoas nesse mundo que acham que são melhores que as outras, como diz minha querida mãe: tem gente que acha que caga cheiroso. E esse tipo de tragédia mostra pra algumas pessoas como somos iguais por dentro e por fora, e como todos sofrem das mesmas carências. Quando os helicópteros pousam no Haiti pra dar água e comida os seres – humanos esquecem qualquer tipo de racionalidade e pensam apenas na sobrevivência, algo mais do que normal, pois isso é do nosso instinto agir assim nesse tipo de situação, somos animais irracionais, mas dependendo da situação somos irracionais ao extremo, mas ainda há os que acham que vão morrer e que vão levar todas as suas riquezas, mas infelizmente, ou felizmente todos nós morremos e apodrecemos como qualquer animal. O dia que alguns seres – humanos descobrirem que não são rigorosamente NADA, talvez esses se tornem seres melhores, quem sabe um dia.
Por hora é desejar melhoras para os nossos irmãos haitianos e reflexão para os que ainda se acham superiores aos outros. Ninguém é superior a ninguém, a natureza nos mostra isso, a vida nos mostra isso, a dificuldade só ratifica isso. O mendigo que às vezes você olha com desprezo no canto da rua pode ter muita coisa a lhe ensinar. Nunca despreze alguém por sua condição ou estado social, os verdadeiros sábios são os que sabem que não sabem de nada e esses tudo aprendem; os tolos são os que se acham melhores do que os outros e acham que tudo sabem enquanto não sabem sequer viver.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Levantar-se-á Nação contra Nação

Levantar-se-á Nação contra Nação e Reino contra Reino
Haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares
Coisas espantosas e também grandes sinais do céus
Salve-se quem puder, se puder
Seja lá quem for, homem ou mulher
O mundão ta louco, se afundando aos poucos
Futuro obscuro, vivemos no sufoco
Pai que mata filho, filho mata pai
Quem vai interferir, diz pra mim, quem que vai?
Desacreditar, nem pensar, só naquela
Moleque é morto a tiros na favela
Seqüela de uma vida sofrida
Vivida na miséria, sem perspectiva
Crianças fumando craque, perdendo tempo
Nas ruas da cidade, andando ao relento
Eu lamento e tento entender o porquê
Não querem viver, preferem morrer
Se matar, será que é a solução?
Não, não posso acreditar nisso não
Irmão, eu daqui assisto só desgraça
Vejo o ser humano se matando de graça
Na praça, já não faz sentido andar
As rosas murcharam, contaminaram o ar
Nas casas os portões, só vivem trancados
Os carros dos milionários, são blindados
Hoje em dia, ninguém confia em ninguém
Parceiro mata parceiro por malote de cem
Vai além, seu filho é programado pra ter medo,
Mas o medo o faz sentar o dedo
Você mesmo transforma seu filho num qualquer
Assim que é, salve-se quem puder...

[Tiros, sirenes e gritos]
O homem na estrada recomeça sua vida
À procura, da dignidade perdida
O brilho nos olhos é de um sonhador
Que quer esquecer, tudo o que passou
Vinte e cinco anos depois sai do inferno
Se sente deslocado, no mundo moderno
De terno antiquado, e sapato social
Vaga pelas ruas na condicional
Feliz e ao mesmo tempo assustado
Tá tudo diferente, tudo ta mudado
As pessoas não se olham, nem se cumprimentam
Andam estressadas, concentradas no que pensam
Indiferentes ao que acontece ao redor
Preocupadas com seu próprio mundo e só
No jornal as notícias causam arrepios
Mais um corpo é encontrado, boiando no rio
Drogado mata o irmão e nem lembra o que fez
Mãe abandona filho de um mês
Policia é flagrada numa ronda de rotina
Em boate de luxo, recebendo propina
Enquanto uma escola é construída num lugar
Já se tem dez prisões a mais pra inaugurar
Política opressora, exclusão social
Dentista perde a vida por motivo racial
O morro e o asfalto no Rio tão em guerra
Integrantes do MST querem terra (a causa é séria!)
Uns matam, outros morrem por um qualquer
Assim que é, salve-se quem puder...

[Tiros, sirenes e gritos]
No Sudão matam negros com AK-47
Prisão de Sadam chegou via satélite
Bush, a besta de um sonho americano
Patrocina a dor do povo iraquiano
Fuzis atiram em defesa do petróleo
América do Norte garante o monopólio
O mundo se comove, porém ninguém se move
Ei doutor, ce ta na mira da minha nove
Meu microfone faz o estrago que eu quiser
Vai, pega o celular e pede pano pros gambé
Menor dispara a arma e mata amigo na escola
Doença miserável, HIV e Ebola
Extermina meus irmãos na África do Sul
Atentado terrorista sob céu azul
Nas ruas de São Paulo ou no Oriente Médio
O corredor da morte é a cura pro seu tédio
Nos mares se trava a guerra naval
Nos ares acontece à exploração espacial
Células clonadas em laboratório,
A ciência ignorando Deus é notório
Testes nucleares afim da destruição
E você aí, nem aí, sem preocupação
Deputado é esculachado em CPI,
Novela ensina dona de casa a trair
Tragédia no cenário do Rap ganha destaque
Morrem Sabotage, Gilmar e Tupac
Final dos tempos, provam sua fé
Assim que é, salve-se quem puder...

[Tiros, sirenes e gritos]
Ei, Aqui se realiza um sonho antigo
Uma aliança entre fãs que hoje são amigos
Eu sei, percebo é de Deus que vem, provém à chance
Provei e não senti o gosto amargo eu vou avante, adiante
Abraçar, representar, tô aqui
Fruto nordestino, maduro, do sul do Piauí
 Não caí...Vou te falar, relatar, o que vi
Deselegante foi à cena, mas eu não sorri
Sou latino, peregrino, desprovido de dinheiro, grilado
Uma pá de proliferado puteiro, que se dá
De várias formas não só na cama
Sente o drama Lamentável a cena, o algoz e a primeira dama
Não sei se vou pro céu, sou fiel, sou Fidel, sou cruel
Mas não tenho o coração de papel
Pisou na bola, olha minha sola, o calcanhar de Aquiles
Aí Povão, se o Bin Laden pega, hummm,
fica ruim pro Alexandre Pires
Falhou, sujou, a bandeira brasileira
Envergonhando a América Latina inteira
Inocência, oportunismo, ignorância da história
Chorou nos braços de quem tem fama sem glória
Bush... É preciso ter cérebro, coordenação motora
Pra não cair na armação da maldita gravadora
Pra não financiar via Coca-Cola a metralhadora
E nem desonrar, África nossa genitora...
Então, não é de hoje que o nosso povo
aperta a mão do inimigo, vive na casa do opressor
Marrocos, Sudão, Mali ou Gana, Quênia, África.
Desimada por doenças com um mínimo
de bom senso estariam erradicadas.
Guantanamo, presos, prisioneiros, sem direito a julgamentos
trancafiados,a fome e a miséria habita.
América Latina, até quando? Simplesmente isso,
até quando o sofrimento parceiro?
Depende de você, Assim que é, salve-se quem puder!!!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores!

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

O que é a Babilônia?

O que é a Babilônia?
Quem controla sua vontade ? Seu espírito ou a
sociedade?
Quem controla suas vontades? Seu ego ou a verdade?
Seu ego sem saciedade. A verdade por traz do véu
Nada é o que parece ser.
Caminho pavimentado a base de mentiras, belas
mentiras.
Atraentes, se pisa em cima o troço fede feito areia
movediça
rapidamente o aroma de perfume caro se transforma em
cheiro de carniça
Isso é a babilônia
Sociedade sem saciedade, isso é gasolina e fagulha meu
cumpadi
Isso é a babilônia
Seu ego é seu maior inimigo
isso é a babilônia
è o que te separa, é o que segrega é o que não agrega
è o grande espírito fraco essa é a regra sem exceção
não há separação essa é a parada
teoria sem pratica não representa nada
"Eu represento", não representa nada
Há muito combustível no ar
isso é gasolina e fagulha meu cumpadi
Combustão pra sua insônia
combustão na babilônia
os profetas do deserto estavam certos
eles tinha razão
o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão
o cantador cego remado pela multidão inteira
embriagada
em direção equivocada
oposta a verdade interpretada
pelo orgulho ela falsa humildade
Isso é a Babilônia

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O Cego e o Publicitário

"Havia um cego sentado numa calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira escrito com giz branco: "Por favor ajude-me, sou cego".
Um publicitário da área da criação que passava em frente a ele parou e viu poucas moedas no boné.
Sem pedir licença, pegou no cartaz virou-o, pegou no giz e escreveu outro anúncio.
Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora.
Ao cair da tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Seu boné agora estava cheio de notas e moedas.
O cego reconheceu as pisadas do publicitário e perguntou-lhe se tinha sido ele quem reescrevera o cartaz, sobretudo querendo saber o que ele havia escrito.
O publicitário respondeu: "Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras."
E sorrindo continuou o seu caminho.
O cego nunca soube o que estava escrito, mas o seu novo cartaz dizia: "Hoje é Primavera em paris e eu... não posso vê-la." "